segunda-feira, 24 de maio de 2010

Olha o Camarão aí, gente!!


Em Las Vegas, no meio da minha programação obrigatória de trabalho, lá estava: Palestra de James Cameron. Sim, o recordista de bilheteria, multimilionário cineasta, agora arranjou mais uma maneira de encher o cofrinho, participando de eventos corporativos para executivos babaovo (ou nem tanto) e satélites de (pseudo) celebridades. Falaria sobre o uso da tecnologia em seus filmes, o Cameron. E falou. E falou, E falou. Por uma hora sem parar.

Foi um discurso monocórdico e auto-elogioso, ressaltando a sua própria 'genialidade' como gerador de dólares, a sua capacidade de superar recordes atrás de recordes, etc. Até aí, tudo bem... não daria pra esperar muito além disso de um americano 'vitorioso' falando para uma platéia de pessoas que, em geral, valorizam exatamente isso: a competência e a qualidade humana medidas pela conta bancária. Mas eu, talvez na verdade o mais babaca daquele enorme auditório com 6 mil pessoas, esperava que Cameron mostrasse um pouco dos 'segredos' tecnológicos de 'Terminator', do 'Titanic' e do 'Avatar'. Mas não: nenhum 'making off', nem mesmo um trailer, nem uma mísera foto - nenhuma imagem!

E ainda por cima, em virtude da fila de perguntadores inscritos na parte final da palestra, não tive chance de fazer a pergunta que queria: "Seu Cameron, diz aí; vc esteve recentemente na Amazonia e disse, entre outras obviedades, que filmaria o 'Avatar 2' na selva brasileira. Gostaria de saber se isso é mesmo verdade ou se não seria apenas uma frase de efeito pra gerar um fato midiático local. E se é mesmo verdade, já que vc acabou de dizer que 95% do Avatar foram criados no computador, que diferença faria filmar esses 5% restantes na Amazônia ou nos jardins da sua mansão em Beverly Hills?"

sábado, 8 de maio de 2010

Assustador...

Nunca tinha ouvido falar dessas trigêmeas, as Ross Sisters. Daí uma amiga postou esse video aí embaixo no Facebook. Trouxe pra cá porque achei incrível. A filmagem é de 1944. Fosse hoje, com certeza diria que era armação de computador. Acho que fiquei com medo das moçoilas...

domingo, 2 de maio de 2010

Os Velhos Baianos



Com atraso, assisti nos últimos dias aos DVDs mais recentes de Gil e Caetano: 'Bandadois' e 'Cê', respectivamente. E gostei de ambos. Gil, depois da temporada 'no inferno burocrático' do Ministério da Cultura, e depois de enfrentar sérios problemas nas cordas vocais, retornou com estilo e elegância. Em formato acústico/minimalista, emoldurado por inspirada iluminação e um palco de concepção simples e eficiente, 'Bandadois' destaca a qualidade do violão de Gil (acompanhado na maior parte das músicas por seu filho Bem, de toque discreto e competente) e um repertório muito bem escolhido, com direito a inspiradas releituras de 'Esotérico', 'Andar com Fé', 'Refavela', 'Lamento Sertanejo' e 'Tempo Rei', além das menos conhecidas e igualmente superiores, 'A Linha e o Linho', 'Metáfora', 'Banda Um', 'La Renaissance Africaine' e 'A Raça Humana'. Há espaço ainda para algumas canções da (boa) nova safra do compositor, como 'Máquina de Ritmo', 'Quatro Coisas' e 'Pronto pra Preto', além da correta participação de Maria Rita na bonita recriação de 'Amor até o Fim'. Já o DVD de Caetano traz a gravação do show que se seguiu ao lançamento de 'Cê', onde o autor configura mais uma polêmica guinada em sua carreira - optando por um formato de rock 'sujo', ruidoso e urgente - proposta que foi aprofundada (e aperfeiçoada) no CD mais recente, 'Zii e Zie' . O DVD 'Cê' é muito bom - traz o cantor mais uma vez esbanjando competência em 'Não Me Arependo', 'Homem', 'Rocks' e 'Odeio', pra citar só algumas. E pelo menos um momento de suprema iluminação, na interpretação da pouco lembrada 'O Homem Velho', originalmente gravada no distante LP 'Velô'. E além de tudo, 'Cê' revela a excelência de um novo grande guitarrista: Pedro Sá.