domingo, 29 de novembro de 2009

Grande interpretação 'caseira' de Sting para 'The shape of my heart', originalmente uma das faixas do ótimo CD 'Ten summoner's tales', de 1993. Enjoy!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

É o cara!


Sei que vou mexer num vespeiro, mas… what the hell?

É o seguinte: sou totalmente A FAVOR do Lula receber o presidente do Irã!

Compreendo e respeito os protestos de judeus, gays e outros, contra o Ahmadinejad. Mas convido todos a tentar enxergar um pouco além do horizonte das obviedades.

Em primeiro lugar, engana-se completamente quem acha que o Lula é algum tipo de maluco, irresponsável ou inconsequente. E de bobo ele não tem absolutamente nada.

No período de um mês, Lula recebeu o presidente de Israel, da Autoridade Palestina e agora do Irã. O menos ruim aí me parece o palestino, mas não vejo grande diferença no caráter e na conduta desses três. O objetivo do Lula, pra mim claro, não é assumir uma posição nesse imbroglio; e nem apoiar um ou outro regime. Além dos interesses comerciais (lembre-se que Ahamadinajed chegou à Brasília acompanhado de 200 empresários iranianos), é ter o sujeito por perto, é criar um relacionamento (o Lula é bom nisso) com o cara para poder entender suas motivações, seus objetivos, suas fraquezas.

Acho inclusive que o Lula deve estar gostando das manifestações contra a visita. Elas deixam claro pro Ahmadinejad (e pro mundo) que tem muita gente contra, que o Brasil está de olho nele.

E concluindo: apesar do jogo de cena de alguns políticos americanos, desconfio seriamente de que a visita do presidente do Irã ao Brasil foi cuidadosamente combinada entre Lula e Obama. O americano, que de bobo também não tem nada, já deve ter entendido que isolar um sujeito como Ahmadinejad, deixar o cara empreender a sua egotrip distante de todos e cercado por um bando de malucos fanáticos, é a pior estratégia possível. E o Obama, a gente sabe, já entendeu que Lula é 'o cara' pra fazer essa aproximação.

PS: Incrível! Depois de escrever esse post, li a coluna da Eliane Cantanhêde na Folha de S.Paulo e ela fala exatamente a mesma coisa! Quase nunca concordo com ela, mas agora, Eliane foi no ponto!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Guitar Heroes (6)


Conheci a música de Pat Metheny há muito tempo, quando participei do lançamento, no Brasil, do fantástico selo europeu ECM. O pacote inicial da gravadora, naquele longínquo 1980, incluía ‘American Garage’, do Pat Metheny Group e ‘New Chautauqua’ – álbum solo e acústico do grande guitarrista. Um ano depois, tive a sorte de conhece-lo pessoalmente, no Rio/Monterrey Jazz Festival, que trouxe ao Maracanãzinho nomes como Weather Report, Chaka Khan e Stanley Clarke. Me lembro quando, assistindo ao lado do embevecido Pat à inspirada apresentação do show ‘Dança das Cabeças’, com Egberto Gismonti e Naná Vasconcelos, ele me disse: ‘Tinha certeza de que veria aqui um show do meu ídolo Baden Powell. Por que ele não está na programação do festival, em seu país?’ Respondi com a pérola do Aldir Blanc: ‘O Brasil não conhece o Brasil; o Brasil tá matando o Brasil...’

Nascido em 12 de agosto de 1954 numa cidadezinha do estado norte-americano do Missouri, Patrick Bruce Metheny é um dos poucos músicos a conseguir manter, por décadas, uma legião de fãs e uma quase unanimidade de crítica, trafegando do jazz tradicional ao contemporâneo, com pitadas de rock progressivo, latinidades várias e um viés meio bossanova. Tudo junto e pontuado por um estilo geralmente suave e elegante na execução da guitarra. Já foi acusado de fazer ‘música de sala de espera de consultório de dentista’; mas cada vez que me lembro disso (geralmente quando estou em uma sala de espera de consultório de dentista), penso: ‘Que bom se tocasse agora alguma coisa do Pat Metheny...’

Ele surgiu em 1975, logo de cara estreando na banda do grande vibrafonista Gary Burton. No ano seguinte já gravou seu primeiro álbum, ‘Bright Size Life’, ao lado de ninguém menos do que Jaco Pastorius, talvez o maior baixista de todos os tempos. Daquela época até hoje, Pat Metheny percorreu um longo caminho de grandes shows, gravações e colaborações, nos mais diferentes formatos. Destaco alguns momentos: ‘Offramp’(1982), ‘First Circle’(1984), ‘Still Life (Talking)’ (1987), ‘Letter from Home’ (1989) e ‘We Live Here’ (1995), à frente do Pat Metheny Group. Como artista-solo, o belíssimo ‘Secret Story’ (1992) e o surpreendente ‘Zero Tolerance for Silence’(de 1994, um disco só com distorções e ruídos guitarrísticos); e em colaborações várias, os duetos com Lyle Mays (‘As Falls Wichita, So Falls Wichita Falls’1981), com John Scofield (‘I Can See Your House From Here’, 1993), com Charlie Haden (‘Beyond the Missouri Sky’, 1996) e com Brad Mehldau (‘Metheny/Mehldau’, 2006).

Pat Metheny é um mestre do instrumento. Foi um dos primeiros a usar a guitarra sintetizador Roland GR-300 e o complicado sistema que unia a guitarra so Synclavier. Além disso, toca a complexa guitarra Pikasso (foto), de 42 cordas transpostas e sobrepostas, feita especialmente pela lutier canadense Linda Manzer. As influências musicais de Pat, segundo ele próprio? Wes Montgomery (‘the biggest’), Jim Hall, Kenny Burrell, Joe Pass, Clifford Brown, John Coltrane, Eddie Van Halen, Milton Nascimento, Toninho Horta, Beatles, James Taylor, Joni Mitchell. No vídeo abaixo, uma grande performance de Pat Metheny, ao lado de Herbie Hancock, Dave Holland e Jack DeJohnette, em 1990 no Japão.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009



Pouca coisa se salva na cobertura sensacionalista da Folha de S.Paulo de hoje sobre o blecaute que deixou boa parte do país no escuro, terça-feira passada. Não me surpreende, é claro, a forçada tentativa de vincular o fato à má gestão do governo Lula, à falta de investimentos na geração e na transmissão de energia, blábláblá. E tem também, é lógico, a ridícula tentativa de relacionar o fato ao tempo em que Dilma Roussef foi ministra das Minas e Energia, no começo do primeiro mandato de Lula.

Mas o que mais me chamou a atenção nas várias páginas do jornal que falam sobre o assunto, foi essa nota abaixo. Que oportunidade perderam os mano da perifa de fazer uma rapa naquele antro de boçalidade encravado em construção de péssimo gosto na Marginal Pinheiros... vejam só:

PÂNICO NA DASLU

Protegidos por um gerador, convidados de uma festa na butique Daslu estavam aflitos na hora do apagão de anteontem. Começaram a pipocar ali notícias falsas de que a cidade vivia uma onda de arrastões. "Logo, as mulheres estavam escondendo as joias, os relógios e telefonando para os maridos e motoristas buscá-las com carro blindado", conta o consultor de etiqueta Fábio Arruda. A relações-públicas Fernanda Barbosa também se assustou. "Em Nova York, mesmo se não tem luz, você sai na rua numa boa, sabe que está seguro. Em São Paulo, se com luz já é perigoso..."

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Faena Hotel, Buenos Aires


Hotel-design, com assinatura do francês Philippe Starck... hummmm... pra mim, um tanto decepcionante. Escuro demais, muito vermelho e dourado, excessivo. O contrário do conceito clean, com tudo clarinho, adotado pelo mesmo designer no Delano de Miami, por exemplo.

Não é muito cafona essa torneira-cisne?


Mas tem recantos e detalhes interessantes - principalmente nos exteriores:



quinta-feira, 5 de novembro de 2009